Tuesday, July 11, 2006

Reversus

I wait for you... by Shubina Olga

Todos temos um verso, uma canção
Gravado, cinzelado no coração.
Verso que arranha, de aresta viva
Que fere a entranha e prolonga a ferida.

Verso que rasga na imensidão.
Que corta aguçado na escuridão
Do túmulo fechado, onde jaz com vida
E assombra, agoniza como alma perdida.

Seu fado afiado é a catacumba,
Onde cativo clama, talhado em penumbra
Por não lhe esperar melhor sorte:

Se acaso irromper da lúgubre tumba
Fará com que a vida sucumba
Ao trespassar o ser... até à morte.

3 Comments:

Blogger whitemask said...

Quantas vezes já morri
Na sombra dum verso assim
Perdido dentro de mim
Quantas vezes já nasci
Na medida em que morri...

12:31 AM  
Blogger Lira said...

"(...)eu já morri muitas vezes/e é ainda da vida que tenho mais medo(...)"

Maria do Rosário Pedreira

2:10 PM  
Anonymous Anonymous said...

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6:02 AM  

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