Thursday, October 09, 2008

Veneno

Poetry by Sir Lawrence Alma-Tadema

a poesia envenenou-me
já não há mais tempo

a lua investirá com seus chifres
e as cebolas no escuro despertarão
o olho do coração
da cadeira
de balanço
a Paciência contempla a penugem dourada das horas
enquanto um gato dorme
sobre sua cabeça

uma tempestade de diamantes
arremessará suas flechas
sobre o Estreito de Magalhães

exatamente assim
passará um milênio

Ruy Proença

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